Do rádio HERTZ retiramos a notícia que vem dar conta da concretização do que em tempos AQUI assinalamos.
“O concelho da Chamusca terá, em breve, duas áreas de serviço e de pernoita para autocaravanas: uma no Chouto, com capacidade para acolher oito veículos; outra no Arripiado, com capacidade para acolher seis. As infraestruturas, refere o Município em nota de esclarevimento, «têm um custo superior a 149 mil euros» e «estão integradas no quadro da candidatura ao Programa Valorizar para as Estruturas de Acolhimento de Apoio ao Autocaravanismo do Turismo de Portugal e integradas na rede nacional de Áreas de Serviço para Autocaravanas (ASA), que disponibiliza informação atualizada sobre a localização e serviços em cada ASA da rede numa plataforma digital única, através da qual será possível a monitorização da ocupação das ASA na rede e a realização de reservas online. Só terá acesso às áreas de serviço quem estiver inscrito na plataforma». «Cada área de serviço e de pernoita assegura o fornecimento de energia elétrica, o abastecimento de água potável, assim como despejos de resíduos sólidos. A construção destas infraestruturas pretende potenciar o turismo no Concelho e no Ribatejo, visando melhorar o quadro económico local», reforça o mesmo texto”.
Sendo mais um equipamento gerido pela portal da FCMP vaticionamos uma utilização semelhante a todas as outras congéneres já instaladas com o patrocínio do Turismo de Portugal: vazias por completo desrespeito pela privacidade e operacionalidade que o turista itinerante encontra nas suas viagens pela Europa.
O CPA teve a oportunidade de dialogar com alguns autarcas responsáveis e a conclusão chegada foi que tal sistema lhes foi apresentado como moderno e de fácil utilização, o que é desmentido pela fraquíssima ocupação de cada uma destas ASA.
Enquanto se continuam a gastar centenas de milhares de euros em infraestruturas sem a utilidade para que foram concebidas, mantemo-nos abertos ao diálogo – com todas as entidades que estão envolvidas neste processo de desperdício dos dinheiros públicos – com vista à obtenção de condições que objetivamente coloquem estas ASA ao serviço dos utentes para que foram concebidas.
É tão fácil corrigir o erro: realizar o controlo de entrada/saída com um simples sistema de acesso semelhante aos dos parques de estacionamento.